Não se sabe mais até quando vamos ter que conviver com isso. A Polícia Militar de São Paulo, que ora exerce de forma tão honrada seu dever de proteger a população, ainda apresenta desvirtuamento de parte de seus membros que ultrapassa todos os limites éticos e legais, exigidos para o seu efetivo funcionamento.
Agora há muito pouco, uma tragédia abateu-se sobre uma família classe média, quando o carro em que encontrava-se o publicitário Ricardo de Aquino foi alvejado por tiros da PM. O caso ganhou a mídia, mas não dará em nada. Na mesma semana, um grupo de jovens no litoral paulista passou por situação semelhante, quando o carro em que estavam também foi metralhado, levando dois a óbito. E agora, mais um triste e lamentável caso a reforçar e evidenciar o mal preparo da polícia do Estado: Careca após químio, homem é confundido com criminoso em São Paulo.
Lécio Panobianco Jr. é fotógrafo e tem 52 anos e luta contra um câncer na região inguinal. Foi abordado por policiais da Força Tática, acusado de tentar roubar um carro. Detalhe: ele estava a poucos metros de casa, foi reconhecido por toda a vizinhança, que em vão, tentava alertar os policiais. Sem passar por nenhum tipo de procedimento padrão, foi submetido durante duas horas e xingos e ofensas do tipo "careca vagabundo", "cara de quem não vale nada" e "foda-se a sua quimioterapia". Quando desejava comunicar-se com os policiais, também era obrigado a dirigir-se a eles por "senhores".
Enquanto atitudes assim continuarem a ter respaldo da alta cúpula da PM de São Paulo, nada mudará. É hora de o Estado mais próspero desta nação, dar o exemplo de que uma polícia cidadã, que respeita o cidadão, é possível. É mais que hora de renovar a cúpula da Polícia Militar do Estado e São Paulo e humanizar a corporação.
A denúncia está aqui, no site da Folha de São Paulo. Leia, compartilhe, denuncie!
Nós nos solidarizamos com Lecio e exigimos justiça!
Saudações a todos!
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