As vezes fico pensando sobre Anderson Silva. Esse cara na verdade é um nada. Ele só tem uma única finalidade em nossas vidas: entrar num ringue para dar e receber porrada, para nossa catarse. Ele é como Ayrton Senna. Embora eu tenha chorado muito quando o piloto morreu, verdade seja dita: que mais esse homem fez além de entrar num carro de Formula 1 e sair em disparada?
Anderson Silva é igual, ou até pior, porque tudo que sabe fazer é bater em outras pessoas, para com isso ganhar muito dinheiro. Mesmo em sua vida pessoal, não é exemplo para ninguém. Em sua recente auto-biografia, assumiu com todas as letras suas intenções de matar um homem no passado. Além do quê, é um briguento, cheio de marra e parte das coisas que Chael Sonnen falou sobre ele e o Brasil é verdade mesmo, embora este outro seja também um grande imbecil.
Porque então este homem tem que se tornar um ídolo e exemplo para nossas vidas? Não seria mais proveitoso para todos que ele estivesse apenas em seu devido lugar, como bom esportista e lutador exímio? É preciso fazer dele um representante do povo brasileiro, como se isso fosse o que temos de melhor para mostrar ao mundo?
Para a maioria de nós, Anderson Silva é algo completamente dispensável, mas a necessidade da grande mídia em fabricar personalidades apelativas é voraz, porque é com estas imagens construídas de esportistas, ex-bbbs, artistas fajutos e cantores de meia-tigela, que se ganha dinheiro. É com essa apelação ao exótico, ao ruim, e ao que é de mal gosto, que se garante uma legião de obcecados por televisão. E é um ciclo vicioso, porque cria pessoas idiotas, para alimentar idiotices. O resultado disso, é o que somos enquanto povo. Nos espelhamos em pessoas assim, e nos tornamos assim: vazios, acríticos, superficiais e manipuláveis.
Anderson Silva é um personagem e pode até estar a serviço de nosso entretenimento. Um ídolo, jamais!
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